sábado, março 31, 2007

O executivo e o coaching em marketing pessoal

O executivo e o coaching em marketing pessoal
Sílvio Alves Celestino


De repente surge uma nova palavra no seu dicionário que você não sabia que estava lá: "Coaching". E ainda por cima querem saber se você tem um "coach". Se é um "coachee" e como está seu "coaching"? Vida dura essa de executivo. Enquanto você trabalha, outros criam palavras para te infernizar.

Felizmente dessa vez criaram algo para ajudá-lo. Desde que você não caia nas mãos desses que se auto-declaram "coaches" sem nunca terem se preparado para isso. Vamos resumir o significado de cada uma dessas novas palavras do "seu" dicionário:
Coaching é o processo de desenvolvimento de competências. Competência é a capacidade de agir, de realizar ações em direção a um objetivo. Competência é a capacidade de agir, de realizar ações em direção a um objetivo, metas e desejos. É um processo de investigação e reflexão. Descoberta pessoal de fraqueza e qualidades. Aumento da consciêcia de si. Aumento da capacidade de se responsabilizar pela própria vida com estrutura e foco. O processo oferece feedback realista e apoio.

Coach, literalmente "técnico" em inglês, é o profissional especializado no processo de desenvolvimento. É o coach que conduz o processo, levando o cliente a refletir, chegar às conclusões, definir ações e principalmente agir em direção aos seus objetivos, às metas e aos desejos. Curiosamente "coach" significa também: veículo utilizado para transporte de pessoas de um lugar a outro. De certo modo o coach transporta seu cliente para seus objetivos. Coachee é o nome que se dá ao cliente.

Portanto, não é difícil diante de todas esses elementos que compõem o processo de coaching, entender porque grandes atletas, artistas de cinema e agora empresários e executivos possuem um coach. Simplesmente porque os ajudam a chegar lá mais rapidamente. Seja "lá" onde for.

Segundo Rhandy di Stéfano - fundador do Integrated Coaching Institute - o processo de coaching surgiu devido ao histórico das organizações empresariais. Em resumo, durante as décadas de 60 e 70 o empresário podia contar com a solução dos problemas a partir das experiências suas ou de seus empregados. A necessidade de crescimento levou-o ao mercado de ações e este demandou maiores lucros que justificassem os investimentos. Além do aprimoramento dos processos internos das empresas, a demissão dos profissionais mais antigos e de maiores salários contribuiu para o aumento dos lucros.

Entretanto, o efeito colateral foi que a experiência deixou a empresa juntamente com esses profissionais e os recém-contratados não tinham como lidar com todos os desafios que o crescimento permanente exige. A solução foi recontratar os funcionários antigos, mas como consultores externos.

Todavia, novos mercados significaram maiores mercados e o crescimento contínuo tranformou as organizações numa rede de mini-empresas espalhadas por todo o planeta. Cada uma demandando essencialmente os mesmos recursos da empresa-mãe. Entre eles o mais escasso de todos: liderança.

Entretanto, consultores trabalham com processos e a liderança exige além dos processos a capacidade de trabalhar com pessoas em todas suas dimensões. Inclusive com suas emoções. Daí a necessidade de um novo profissional, alguém que seja capaz de desenvolver líderes: é o "coach". O coach desenvolve todos os aspectos da competência para que o líder possa executar bem sua tarefa e preferencialmente atinja um desempenho conhecido como "peak performance".
Ao contrário dos workaholics - pessoas viciadas em atividades - a pessoa que trabalha em peak performance é focada em resultados. O workaholic pode atingir uma fase conhecida como "burn-out" - é o esgotamento que pode ser de caráter físico, intelectual ou emocional. Já a pessoa em peak performance é capaz de gerar resultados sem comprometer sua existência humana. O que denota, portanto, que o desenvolvimento exigido abrange todas as áreas de sua vida: profissional, financeira, física, ontológica, social, relacionamento íntimo, intelecto, emocional e lazer.

É justamente por atingir outros aspectos do ser humano que o coaching desenvolveu-se para além das competências empresariais. Hoje existem basicamente dois tipos de coaching:

- Coaching executivo (executive coaching) - direcionado para desenvolvimento de competências de liderança. Foca as habilidades para produzir resultados e a modificação de comportamentos que reduzam sua efetividade. Pode ser direcionado para coaching de habilidades, performance, desenvolvimento ou negócios.

- Coaching de desenvolvimento pessoal - direcionado para as competências em outras áreas além da profissional. Neste sentido o processo pode atingir temas como: ser mais decisivo, melhorar a administração do tempo, valorizar diversidade, desenvolver potenciais, resolver conflitos, aumentar autoconfiança, comunicar-se com mais eficiência, entre outros.

Todo coaching é de desenvolvimento, não de respostas. Entretanto, as empresas em particular e o mundo está demandando por pessoas hábeis em postos relevantes. Sendo assim, além do desenvolvimento propiciado pelo coaching é importante que as pessoas se sintam inspiradas a ocuparem esses postos de destaque. É neste contexto que foi criado o coaching em Marketing Pessoal.

Acrescentando ao processo elementos oriundos do Marketing Estratégico e trabalhos de autores como Al Ries, Jack Trout, Peter Drucker, Lester Thurrow, Joseph Campbell entre outros, forma-se um conceito mais amplo sobre como se atingir o sucesso no mundo repleto de desafios em que vivemos. O Coaching em Marketing acrescenta aos processos executivo e de desenvolvimento pessoal as competências necessárias para que o executivo seja catapultado para uma posição relevante em sua carreira. Deste modo será capaz de perceber o mundo como um lugar de grandes oportunidades e compreender como preenchê-las com responsabilidade e competência

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