segunda-feira, julho 31, 2006

EXPECTATIVAS

Expectativa[Do lat. exspectatu, esperado, + -iva.] S.f. Esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas.)

Então parece que a expectativa é o que nos faz levantar todas as manhãs, que nos impede de fraquejar, que nos anima na hora de dormir, porque afinal, amanhã é sempre um novo dia. Expectativa é tão bom quanto bala de menta, vai abrindo espaço no paladar mas a sensação é de que está abrindo a respiração que vem lá do fundo do peito.
Expectativa é assim, gelada. Às vezes naquele frio na boca do estômago, outras, em um suor frio e juvenil. Quem não tem expectativa acha que a vida não lhe deve coisa alguma. Quem a tem, sabe que se está vivo, aqui e agora, algum significado há de ter e, por favor, que seja de felicidade. A expectativa é aquilo que você acha que vai acontecer enquanto finge que lê a revista na sala de espera. Ela é irmã da esperança e amiga íntima dos nossos mais escondidos desejos. Ela é responsável pela continuidade daquela caminhada, pela possibilidade de ouvir um sim, pela idéia de que tudo vai mudar através daquela palavra que você acha que vai ouvir e daquele desfecho que você pensa que pode acontecer. Não porque você foi a escolhida para receber sinais, ou porque um anjo sussurrou no seu ouvido, mas porque a gente só espera verdadeiramente por aquilo que quer, nem sempre por aquilo que é.
Mas então, um dia, como uma puxada de tapete, como a queda de um véu — nem sempre com pesar, é verdade, às vezes até com um certo alívio —, você acorda e percebe que precisa de mais. Precisa colocar ponto e vírgula no lugar das entrelinhas, frases inteiras onde só havia palavras soltas, letras grandes no lugar das miúdas, números exatos ao invés de meras estatísticas. Você precisa de clareza. Você percebe, então, que a expectativa sem perspectiva é nada. Não que o sonho esteja morto ou que o desejo esteja adormecido, nada disso. Mas você precisa de uma espécie de planilha, de esboço, de croqui — como aqueles projetos tão bem desenhados pelos arquitetos — a mostrar que o desejo tem dimensão e o sonho é largo. É concreto mesmo que seja de madeira — a sustentação de um sonho ou de um desejo não está no material mas na maneira como é construído. E é imprescindível que tenha paredes, sim. Porque um dia a gente precisa saber que a perspectiva, diferente da expectativa, tem um jeito de começar. E há de ter um limite pra não se sofrer de imensidão.

Claudia Letti

domingo, julho 30, 2006

Centenário de Mario Quintana - O poeta


Comemora-se em julho/2006, o centenário do poeta gaúcho Mário Quintana. Quintana ainda não explodiu como grande poeta e escritor brasileiro que é, mas começa- se a entender sua obra como um todo.
Seguem alguns de meus poemas preferidos deste poeta contemporâneo que morreu aos 88 anos, em 1994.

Das utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não quere-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

A rua dos cataventos

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!


Da inquieta esperança

Bem sabes Tu, Senhor, que o bem melhor é aquele
Que não passa, talvez, de um desejo ilusório.
Nunca me dê o Céu... quero é sonhar com ele
Na inquietação feliz do Purgatório.

Site comemorativo do centenário: http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana

sexta-feira, julho 28, 2006

APRENDENDO PARA A VIDA

Em geral, as pessoas diferem bastante na maneira como aprendem e na competência do seu aprendizado. Resiliência, se buscada no dicionário é definida como elasticidade. O conceito ampliou-se. Na aprendizagem significa:* mais disposição de tentar;* mais capacidade de detectar a avaliação de outras pessoas e mais inclinação para confiar nessa avaliação;* mais coragem para explorar;* mais desenvoltura, uma busca de novas maneiras de superar ou resolver um problema;* uma atitude mais reflexiva em relação à sua própria aprendizagem.
À medida que aprende, está tornando-se também um aprendiz mais eficiente. Seu "aprender a aprender" segue uma espiral ascendente. A capacidade de "interpretar" corretamente as situações de aprendizagem, de saber quando explorar e quando se afastar, assim como a disposição de tolerar os sentimentos que acompanham a aprendizagem, estabelecem as bases da resiliência essencial.
Em um mundo veloz, que tecnologicamente muda a cada momento, onde as novidades e modificações se sucedem, enfim, num mundo incerto, a resiliência é uma qualidade vital que precisa ser estimulada, tanto em crianças quanto em adultos. E ainda, todos nós conhecemos alguém que acha que não tem mais nada a aprender! Os mais bem humorados diriam que estas pessoas "morreram e não se deitaram".
O fundamental é estar disposto a tentar - realizar algumas experiências pequenas, criteriosas, práticas - e ver o que acontece. Aprender mergulhando na experiência. Para outras pessoas, diferentemente, a aprendizagem pode ser de um tipo mais deliberado, analítico. A aprendizagem não é uma atividade homogênea: ela ocorre de muitas formas e dimensões diferentes. É um conceito muito mais amplo e mais rico do que é percebido nos atuais modelos de educação e treinamento. O modo como as pessoas comportam-se como aprendizes tem tanto a ver com o que elas acreditam quanto com as habilidades que dominam.
Estar vivo é estar aprendendo. A aprendizagem não é algo que fazemos às vezes, em locais especiais ou em alguns períodos da nossa vida. É parte da nossa natureza. Nós nascemos aprendizes.
Nós, seres humanos, temos o mais longo aprendizado de todas as criaturas, porque chegamos ao mundo com a competência para - e necessidade de - moldar nossas próprias mentes e hábitos, a fim de ajustá-los aos contornos deste mundo em que nos encontramos. A aprendizagem permite-nos prever o que combina com o que, o que vai acontecer em seguida, o que pode ocorrer se fizermos isso em vez de fazer aquilo. Portanto, a aprendizagem intervém no fluxo dos eventos para a nossa própria vantagem, de maneiras sempre mais sofisticadas e confiantes.
A aprendizagem não é fundamentalmente intelectual. O que acontece nas escolas e nas faculdades, por intermédio da instrução dos professores, dos livros e dos programas de computador, é apenas um tipo de aprendizagem, culturalmente local, historicamente recente e em geral, bastante singular.
A aprendizagem modifica não somente o nosso conhecimento e o nosso agir, mas também o nosso ser. A aprendizagem, ao longo da vida, não é uma exigência nova e especial, mas uma realidade antiqüíssima.
A sabedoria convencional tem tendido a assumir que o potencial de aprendizagem está "todo na mente": que a inteligência, como quer que a definamos, é algo individual, psicológico, capaz de se manifestar na ausência dos auxílios externos costumeiros.
Quando optamos por aprender, esperamos que os frutos da nossa exploração sejam conhecimento, domínio, recursos e alianças que nos auxiliarão em nossas agendas de vida - quaisquer que sejam elas.
Aprender é uma estratégia de sobrevivência que envolve riscos e promete retornos. Exige a capacidade de tolerar a frustração e a confusão; de agir sem saber o que vai acontecer; de enfrentar a incerteza sem ficar inseguro.
Aprender é em si, uma atividade intrinsecamente emocional. Daí a importância da resiliência e da competência para tolerar essas emoções. Mesmo quando a aprendizagem está transcorrendo tranqüilamente, há sempre a possibilidade de surpresa, confusão, frustração, desapontamento ou apreensão - assim como, é claro, de fascinação, absorção, alegria, terror ou alívio.
Aprender é freqüentemente difícil e demorado, confuso e frustrante. É necessário ser capaz de se dedicar a ela e de se recuperar dos reveses. Novos conhecimentos das bases biológicas da emoção mostram que nossos sentimentos são parte absolutamente integrante da nossa aprendizagem.
Na nossa época impaciente, é amplamente suposto que quanto mais rápido melhor - e que, se pudermos acelerar a aprendizagem, devemos fazê-lo. "Rápido" é largamente usado como sinônimo de brilhante ou inteligente, enquanto "lento", na linguagem da educação, é um eufemismo para obtuso. Todavia, a criatividade não pode ser apressada e, em geral, as formas mais profundas de aprendizagem requerem tempo para amadurecer.
A imaginação dos pais, dos professores de escolas e universidades e dos administradores pode libertar-se para se concentrar no processo de aprendizagem e no desenvolvimento das pessoas como aprendizes, em vez de ficar hipnotizada por "indicadores de desempenho" e qualificações.
Na sociedade moderna, deturpamos a natureza da inteligência supervalorizando apenas uma de suas formas. Essa crença tende a destruir a resiliência das pessoas diante da dificuldade de aprendizagem e a conduzi-las desnecessariamente a restringir suas opções de aprendizagem; até mesmo, talvez, a evitar ou fugir totalmente da aprendizagem.

Luiz Carlos Moreno
Pedagogo, habilitado em Administração; Supervisão; Orientação Educacional. Especializado em Andragogia.

quarta-feira, julho 26, 2006

Mais uma formatura!!!!





Mais uma formatura do CCAA JUST KIDS!!!É sempre uma emoção ver meus alunos atingindo suas metas e adquirindo mais ferramentas para um futuro brilhante. Parabéns aos meus queridos alunos e a minha super equipe!!!!

domingo, julho 23, 2006

ACÍDIA = PREGUIÇA

Acídia – Sétimo pecado capital

A idéia de pecado sempre acompanhou nossa educação e norteou, de alguma maneira nossas ações. A psicologia sempre negociou com essa idéia traduzindo o pecado na falta de bom senso e coerência para se afastar do religioso. Não podemos falar de pecado sem repensarmos seus significados paralelos à idéia de contravenção. Se analisarmos sobre a ótica da estrutura de personalidade e como o ser humano necessita dos seus recursos emocionais para ser feliz e podemos dizer que o pecado é a negação da coerência humana, do respeito próprio e principalmente da falta de limites. Os vícios ou pecados capitais sempre foram de interesse e preocupação, tanto para os religiosos como para os que estão longe de se ajoelhar e se converter. A Acídia, antes de ser um pecado, é uma condição. Para os católicos, ela representa a preguiça muito mais da alma que resiste a ser crédula do que do corpo que não quer sair da letargia; para os pensadores, a Acídia é mais que isso. Ela representa a negação do movimento, do crescimento emocional, da pro-atividade. Mais atual que nunca, a Acídia atravessou séculos e estacionou representada pela estagnação, a falta de compromisso ou de comprometimento. Sociedades inteiras valorizam a iniciativa e a pro-atividade como ícones do sucesso e desenvolvimento pessoais, exorcizando modelos arcaicos de servidão e descrença pessoal. No entanto precisamos ir além dos modelos profissionais e entender que não existe espaço para a Acídia na conquista da realização pessoal. Ser ou estar realizado envolve movimentos que o individuo tem que fazer rumo aos seus objetivos, necessidades e desejos. Parece fácil, mas essa caminhada diária envolve determinação, persistência e, principalmente autoconfiança, que são qualidades flutuantes na maioria das personalidades. Tais qualidades somadas são capazes de transformar o individuo em um vencedor, mas separadas podem determinar o fracasso de muita empreitada. Paralisados por sua mesmice, muitos indivíduos passam anos lamentando seus desafetos, tentando encontrar culpados e algozes que justifiquem seus sofrimentos. Sem se dar conta de que são protagonistas de suas mazelas, a maioria dos insatisfeitos segue entorpecido pela impossibilidade de conquistar seus objetivos e atribuindo a tudo e a todos os seus fracassos.
São Tomás de Aquino, em sua doutrina sobre os sete pecados capitais, dedicou atenção especial à Acídia quando entendeu que os desdobramentos deste comportamento eram extremamente perversos. Desespero, angústia e ansiedade são sentimentos que acompanham aqueles que se vêem incapacitados de cumprir seus objetivos e realizar seus sonhos. Esses indivíduos não entendem quão impossibilitantes são os seus poucos recursos e como poderia ser sua vida se estes fossem desenvolvidos. O papel da psicoterapia é destituir o indivíduo de sua mesmice e ajudá-lo a desenvolver seus recursos emocionais e alcançar seus objetivos.Para tanto, é necessário que esse individuo queira ultrapassar seus entraves, reconhecer suas limitações, assumir suas necessidades de uma maneira sincera e honesta. Ser feliz é uma construção que passa pela educação e pelos recursos emocionais que se desenvolvem em cada personalidade. A condição financeira é um facilitador, não um determinante.

Silvana Martani é psicóloga da Clínica de Endocrinologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo - CRP06/16669

Silvana Martani

sexta-feira, julho 21, 2006

CULTIVE A INTUIÇÃO


CHAMADA DE SEXTO SENTIDO, A INTUIÇÃO É UM ATRIBUTO INERENTE A TODAS AS PESSOAS. NÃO É UM TIPO DE INSPIRAÇÃO DIVINA, PORTANTO NÃO É PRECISO SER MÍSTICO NEM RELIGIOSO PARA ACREDITAR NELA.

A INTUIÇÃO É O CONHECIMENTO QUE SURGE SEM O USO DA LÓGICA OU DA RAZÃO E APARECE DE FORMAS DIFERENTES, COMO SONHOS, VISÕES DIURNAS, SENSAÇÕES CORPORAIS, CONHECIMENTO PURO, INSIGHTS E CRIATIVIDADE.

INTUIÇÃO VEM DO LATIM INTUERI, QUE SIGNIFICA DAR UMA OLHADA. A EXPLICAÇÃO MAIS SIMPLES É DE QUE OS INSIGHTS NÃO PASSAM DE MODUS OPERANDI DO CÉREBRO. ESSE ÓRGÃO É UMA MÁQUINA DE EXTRAIR PADRÕES E, COM BASE NELES, FAZ ANTECIPAÇÕES DE ACORDO COM O APRENDIZADO, COM A EXPERIÊNCIA.

1 - DIGA SIM ÀS NOVAS IDÉIAS. ESTEJA ABERTO AO QUE VIER A SUA CABEÇA SUA CABEÇA
2 - CULTIVE O SILÊNCIO. MOMENTOS DE QUIETUDE INTERIOR SÃO FUNDAMENTAIS PARA OUVIR A INTUIÇÃO
3 - NUTRA A ALEGRIA. O LADO EMOCIONAL FUNCIONA MELHOR QUANDO SE ESTÁ FELIZ
4 - ESTABELEÇA UM TEMPO LIVRE. É PRECISO DESLIGAR-SE PARA SE LIGAR EM CONHECIMENTOS NOVOS .
5 - DESCUBRA SEU PROPÓSITO. TENHA EM MENTE O QUE VOCÊ PRECISA
6 - TRABALHE EM GRUPO. É UMA FORMA DE EXPLORAR A VISÃO E A LIDERANÇA INTUITIVA
7 - ABRA TODOS OS SEUS SENTIDOS. MUITAS VEZES, UM INSIGHT CHEGA ATRAVÉS DO CORPO

DIA DO AMIGO

DIA DO AMIGO
Amigos não dizem amém aos erros, mas
Não nega o braço, no abraço arrependido.
Amigo é todo ouvidos, mesmo quando as palavras,
Embriagadas, são desconexas, e sem sentido.
Amigo censura, e na candura que cabe
À amizade, compartilha erros e acertos.
Amigo se faz olhos, quando a cegueira
Enegrece o caminho.
Amigo é presente.
Amigo é presente, mesmo quando ausente.
Amigo sente e divide a dor.
Multiplica alegrias em risos soltos, á toa,
Comemorando simplesmente a companhia!
Amigo se sabe amado sempre.
Amigo, na dúvida, não tem medo de perguntar,
Porque sabe que a resposta pode não ser a que
Se espera, mas brota do coração, cheia de esperança e
De amor amigo.
Amizade É prolixa como o amor, e na complexidade destas
Palavras, todas as definições, ficam longe da verdade.
Amizade é ação cotidiana, caminhos,contradição.
Amizade é saber que antes do corpo, chegam juntos,
Alma e coração.

Arlete de Andrade

Publicação: www.paralerepensar.com.br 21/07/2005


segunda-feira, julho 10, 2006

Zidane : Muita calma nessa hora


Começam as especulações a respeito do que Materazzi teria dito a Zidane para provocar nele tamanha fúria. Independente do que foi dito pelo zagueiro italiano, Zidane perdeu a grande oportunidade de fugir da velha máxima "olho por olho, dente por dente". Justifica seu ato pelo fato de ter sido insultado, e premeditadamente adianta-se ao adversário, vira-se e como um bode montanhês e desfere a cabeçada. Estivesse Materazzi na montanha, teria sido uma queda fatal. E se Zidane nesse momento carregasse uma arma? Teria ele disparado?
Foi uma cena triste e que me deixou atônita. Teria mesmo eu visto Zidane avançando, preparando o bote e desferindo o golpe? Lamentável exemplo para toda a humanidade, de como ainda não estamos totalmente civilizados, e que os instintos bárbaros continuam aflorando.
Thierry Henry nos insultou dizendo que somos melhores jogadores, pois não vamos a escola e portanto enquanto os francese estudam, as crianças brasileiras ficam jogando futebol. Acredito que ele esteja correto, mas não precisava ser tão indelicado. Pelo que me conste não levou cabeçada de nenhum jogador brasileiro pelo insulto.
Zidane deve fazer Henry refletir que o conhecimento intelectual deve vir acompanhado de desenvolvimento emocional, e que a resiliência deve ser a grande arma para a paz e para a manutenção dos bons relacionamentos.
Te segura, Zidane!

domingo, julho 09, 2006

A VIDA - Mário Quintana

A vida são deveres que nós trouxemos pra fazer em casa.

Quando se vê já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente
e iria jogando, pelo caminho,
a casca dourada inútil das horas...

Dessa forma eu digo:
não deixe de fazer algo que gosta
devido à falta de tempo.

A única falta que terá, será desse tempo
que infelizmente... não voltará mais.

sexta-feira, julho 07, 2006

Atingir Metas


Como estão suas metas para a segunda metade de 2006? Está na hora de tirar um tempo para refletir e tirar alguns projetos da gaveta. Para executá-los! Definir suas metas e começar uma jornada para melhorar seu desempenho e atingi-las será um grande desafio, mas totalmente possível de ser feito.
Pense primeiro onde quer estar daqui há dez, cinco ou um ano. O que vai estar fazendo? Ganhando o mesmo salário e exercendo a mesma função? Sem iniciar aquela faculdade, pós, ou curso de idiomas que sempre quer fazer? Sem ter iniciado suas caminhadas ou a academia? Sem ter reservado aquela grana para comprar seu carro ou sua casa? Adiando mais uma vez aquela viagem que sempre quis fazer?
Melhor começar a traçar seu futuro agora. Com pequenas ações você chegará a um lugar totalmente diferente daquele que está. Terá mais prazer, melhorará sua auto-estima, e com certeza vai estar mais rico tanto financeira como emocionalmente.
Comece já a ser seu próprio Coach. Ou busque um profissional preparado para te orientar.
Feliz futuro!!!!

quinta-feira, julho 06, 2006

PARA O MEU FILHO

Poema Enjoadinho
Vinícius de Moraes

Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

APRENDIZADO

Todo homem que encontro é superior a mim em alguma coisa. Por isso, dele sempre aprendo alguma coisa. (Emerson)

Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo. (Hermann Hesse)

Quanto mais esquecido de si mesmo está quem escuta, tanto mais fundo se grava nele a coisa escutada. (Walter Benjamin)

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. (Cora Coralina)

Aprenda com os erros alheios. Não viverá o bastante para cometer todos os erros. (Martin Vanbee) .

Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros. (Benjamin Franklin)

quarta-feira, julho 05, 2006

ÂNIMO

Este meu texto foi publicado no site www.rh.com.br É um site muito interessante de recursos humanos, com artigos tanto para os profissionais de rh, como para líderes, liderados e empreendedores.

Ânimo

A palavra ânimo em latim quer dizer "vida", "coragem" ou "alma". Alguns anos atrás em uma sessão de psicanálise, ao dizer que estava desanimada, minha psicanalista ao verter o significado da palavra desânimo para o latim, provocou em mim dos melhores insights que já tive em um divã. De repente, uma janela na mente abriu-se e eu entendi que minha alma estava sem vida, recolhida e em pânico. E através desta revelação, reagi buscando minha natureza desafiadora, esperançosa e trouxe vida para meu dia-a-dia.
Em todos os meus relacionamentos pessoais e profissionais, encontro pessoas que ainda não entenderam como só o conhecimento, a capacitação e a ação levam as pessoas a atingir suas metas. Há em muitos uma nostalgia, uma acomodação, uma rotina viciosa que leva ao desânimo. Parecem acreditar em uma mágica, talvez divina, que fará com que as coisas aconteçam sem que eles precisem pensar no futuro, fazer planos, traçar metas, definir prazos para que seus sonhos e desejos aconteçam. Há uma "economia" no pensar e no agir.
Tenho atuado como gestora de negócios, gestora e líder de equipes, como filha, como mãe e principalmente como orientadora da minha própria vida, e entendo como é importante encontrar metas que estejam alinhadas com valores e ter determinação e disciplina para se manter na jornada a fim de atingi-las. São nessas encruzilhadas da vida em que algumas figuras agem como coaches, ouvindo-nos com atenção e sem julgamentos, mostrando-nos as possíveis escolhas e fortalecendo nosso "ânimo", para que façamos nossa própria mudança de rota. Esses nossos orientadores podem ser nossos pais e filhos, um amigo querido, um professor preparado e amoroso, um terapeuta presente ou um companheiro íntimo até que encontremos os nossos valiosos recursos e descubramos em nós, o coach que podemos ter sido ou ser para as pessoas e principalmente para nós mesmos.
As mudanças trazidas pela era do conhecimento, pela globalização e pela comunicação on-line que derrubou barreiras e desnudou antigos conceitos estão fazendo com que o mundo corporativo saia de sua visão mecanicista e objetiva, e entenda que os indivíduos possuem necessidades, anseios e metas diferentes, mas que sofrem da mesma insegurança, possuem crenças limitantes e têm dificuldades em mudar hábitos que os tirem da zona de conforto. Um conforto que com o tempo e com a dinâmica da vida os levam a um desconforto ansioso e paralisante.
Assim, os gestores e profissionais de Recursos Humanos vêem aquele tão planejado e dispendioso treinamento provocar motivação e reflexão apenas nas primeiras semanas que se seguem a ele. Todo trabalho, pesquisa e investimento gastos em uma excelente consultoria, onde se identificam os pontos fracos e se traça um planejamento estratégico, podem tornar-se um belo manual que com o tempo cai em total desuso pelos colaboradores.
O coaching entra como uma forte tendência de reverter este quadro, quando propõe um atendimento individualizado, utilizando ferramentas simples, mas eficazes, elaboradas para descobrir quais os obstáculos que impedem as pessoas de cumprirem suas metas e que as ajudem a descobrir e celebrar a sua própria excelência e a das outras pessoas. Trata-se também de um recurso valioso para líderes e gerentes. Através do coaching eles deixam de somente supervisionar ou avaliar seus liderados e passam a orientá-los tirando o foco somente da atividade, passando a trabalhar com o indivíduo e com a meta que este se comprometeu a cumprir. Um bom orientador entende que o coaching mantém o foco no resultado da pessoa que está orientando e que sua recompensa vem com a transformação e o sucesso do outro.
Em momentos difíceis, quando sinto o desânimo roubando-me a alma e a vida, busco nas minhas lembranças, as preciosas lições de confiança e ânimo que aprendi com todos os meus orientadores.
"Existem duas maneiras de iluminar: ser a vela ou o espelho que a reflete". Edith Wharton, escritora.

segunda-feira, julho 03, 2006

UM COACH CHAMADO PARREIRA II



Então, o Brasil perdeu para a França de 0 x 1. Este resultado já seria triste, mas além da tristeza trás consigo a indignação. Os acontecimentos anteriores, ou seja, declarações, treinos e jogos já desenhavam este resultado, mas não com tamanha apatia, descompromisso, e arrogância da equipe brasileira. Aliás, vamos voltar aqui para nossa realidade de Mensalões, Dólares na cueca, CPIs, "Recursos não contabilizados", a mais terrível Crise na agricultura, MSTs, MLSTs, PCCs, Máfia das sanguesugas, Valerioduto, Astronauta faz de conta, Delúbios, Silvinhos, Dudas, Genoínos, Gushikens, Dirceus, Marcolas e Lulas. Como um grande quebra-cabeça tudo se encaixa perfeitamente. Acrescente-se a nossa realidade Cafus, Roberto Carloss (euro nas meias?), Teixeiras e Parreiras, e fica fácil entender que o resultado medíocre se ajusta aos escândalos dos últimos quatro anos e a nova cultura em que o país se encontra enlameado.
Algumas vozes da turma dos conformados dizem que não devemos começar um "caça as bruxas", pois em uma derrota todos são culpados, e que no futebol como na vida não se ganha sempre. Não vamos falar de culpados, mas passa da hora neste país de se falar em responsabilidades. Passa da hora em se deixar a arrogância e miopia Lulista e Parreirista tomar conta de nossas estratégias, de nosso planejamento futuro e de nossas crianças e jovens. Um líder precisa ser justo, comprometido, ter consciência de suas responsabilidades, e principalmente ser humilde para entender que as conquistas de ontem, não significam nada hoje. As vitórias devem ser diárias, as competências devem ser renovadas, e histórico brilhante não garante vaga para o sucesso sempre, e nem diminui a responsabilidade pelo descompromisso atual. Estamos carentes de Líderes de caráter!
Acorda, Parreira! As digitais na faca enfiada nas suas costas são suas!!!!!!