terça-feira, novembro 21, 2006

EDUCAÇÃO: A SÉTIMA PRIORIDADE DO BRASILEIRO

Educação: a sétima prioridade do brasileiro

A educação ocupa apenas o sétimo lugar na relação de assuntos que o brasileiro considera prioritários para o país - como mostra uma pesquisa sobre o ensino público no Brasil realizada pelo Ibope em conjunto com o movimento "Todos pela Educação". Entre as 2022 pessoas entrevistadas em todo o país, apenas 15% apontaram a educação como a área mais problemática. A saúde ocupa o primeiro lugar da lista, seguida pelos temas "emprego", "fome e miséria" e "segurança pública". "Infelizmente, o assunto ainda não é prioridade para a população. E mesmo entre os que, teoricamente, dão mais importância ao tema [as pessoas que completaram o nível superior de ensino], ainda é pequeno percentual que aponta este como sendo o principal problema do país: apenas 31%", conta Fernando Abruccio, cientista político da Fundação Getúlio Vargas, um dos responsáveis pelo trabalho.
O estudo também revela a percepção dos brasileiros sobre o ensino público do país. Quase um terço (28%) dos entrevistados responderam que a educação básica pública é "ruim ou péssima", enquanto 25% a consideram "ótima ou boa". Outros 45% disseram que o sistema de educação básica público é "regular".
Os cidadãos pertencentes às classes sociais D e E são os que avaliaram de forma mais positiva a educação básica gratuita: 33% alegaram que ela é "ótima e boa". Nas classes A e B, esse percentual foi de apenas 14%. Abruccio vê a maior integração entre os alunos do ensino particular e das esferas públicas como uma solução para derrubar a diferença de percepção. "Quem utiliza escolas particulares precisa entender que o ensino público também lhe diz respeito", afirma.

(Daniele Alves)Revista Amanhã, 16/11/2006

Nenhum comentário: