Educação Infantil
Pais devem selecionar bem a babá São José do Rio Preto, 14 de junho de 2006
Ela deve gostar de criança, falar bem, ser responsável e ter boas referências Fabiano Ferreira e Agência Estado
02:41 - Pais de primeira viagem (e mesmo os que já tiveram filhos) têm de tomar muito cuidado ao contratar uma babá, por vários motivos. O primeiro deles é porque trata-se de uma pessoa que ficará responsável pela criança e que fará parte do seu desenvolvimento. Segundo: a função da babá tem mudado muito nos últimos anos. Antes elas eram contratadas para ajudar a mãe a cuidar da criança. Agora, em alguns casos, ficam 100% responsáveis pelos rebentos por um dia inteiro, pois a maioria dos casais que recorrem a este serviço trabalha fora e só vê os filhos à noite.
Profissionais de empresas de colocação e recolocação profissional afirmam que a tendência é empregar mulheres experientes, de preferência que tenham filhos e sobrinhos e que gostem bastante de crianças. O trabalho não comporta mais contratar uma garota, muito menos quem está desesperada por um emprego, já que muitas vezes aceita qualquer proposta mesmo sem qualificação para o posto. A orientadora vocacional e coach Ada Maria de Assis e Silva, de Rio Preto, diz que a chave de um bom trabalho está na contratação. Para isso ela indica alguns caminhos. Um deles é buscar uma profissional por meio da indicação de amigos, parentes ou mesmo porteiro e zelador do prédio em que mora, por exemplo.
As empresas de recrutamento também possuem em seus bancos de dados currículos de pessoas qualificadas para a função. A vantagem dessa mediação, segundo Ada, é que geralmente as pretendentes têm cursos específicos e por isso, além de gostar de crianças, desenvolvem um tato especial para lidar com diferentes situações. Ada reforça a importância de selecionar bem, uma vez que em grande parte do tempo a babá será a única referência para a criança. “Tem de ser uma pessoa que se preocupa com o bem-estar, entenda de alimentação infantil e seja calma e bem-humorada”, diz. Na opinião dela, entrevistar várias candidatas permite ter uma noção mais aproximada sobre qual se encaixa melhor no perfil que se busca.
A babá pode ser uma pessoa simples, mas tem de ter asseio e não ter erros graves de português para não influenciar a criança a aprender deste modo. As referências são fundamentais. Se for o caso, é bom também saber onde a pessoa mora, quem são seus familiares e quais seus hábitos e seu modo de lazer. Em geral não parece, mas a escolha da babá pode ser mais difícil do que a de uma empregada doméstica, já que esta cuida de uma casa enquanto a outra tem uma vida em suas mãos.
Quando os dois trabalham
Pensando por esta lógica, os pais dos gêmeos Pedro e Gabriela, de um mês e meio, fizeram um “pente-fino” até chegar a uma babá. O arquiteto Luis Henrique Barbour e a advogada Priscila Barbour são pais de primeira viagem, por isso contam que capricharam na hora de escolher uma pajem. Para chegar até a babá eles, que têm parentes médicos, pediram indicações ainda quando Priscila estava no hospital para ter os bebês. Depois de entrevistar cerca de dez candidatas (algumas muito novas e sem filhos, outras idosos demais para cuidar de gêmeos) chegaram à pessoa que consideram ideal. “Nós dois trabalhamos, por isso precisávamos de uma pessoa de confiança”, diz o pai. Enquanto Priscila está de licença-maternidade, a babá contratada acompanha e ajuda nos cuidados dos gêmeos, mas em breve ficará com eles o tempo todo, porém na casa dos pais do arquiteto.
Custo e benefício
Se os pais querem ter segurança e um trabalho qualificado, não devem medir esforços ao contratar uma babá e por isso têm de valorizá-la. Não há regras, pois cada empregador combina com o empregado, mas em média o salário de uma babá é equivalente ao de uma empregada doméstica, cerca de um salário mínimo. Para evitar problemas com leis trabalhistas, a dica é registrar a profissional e lhe conceder todos os direitos de um trabalhador comum. “Tudo é uma questão de custo e benefício que deve ser bem analisada”, diz a consultora Ada.
Serviço Ada Maria de Assis e Silva, coach internacional e orientadora de carreiras, fone (17) 3234-7422 e 8115-9082
Matéria publicada no Diário da Região - Caderno Vida e Arte - 14/06/2006
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