quinta-feira, abril 27, 2017

Existir, resistir e compreender

Existir, resistir e compreender




"No passado nada está irremediavelmente perdido, mas está tudo irrevogavelmente guardado" Victor Frankl. Já que comecei citando uma frase de Victor Frankl, cabe escrever algo a respeito deste conceituado e respeitado neurologista e psiquiatra que morreu em 1997. Frankl foi prisioneiro durante longo tempo em campos de concentração nazistas onde seres humanos eram tratados de forma cruel, sendo na maioria exterminados em câmaras de gás, e cuja experiência levou-o aos limites entre o ser e o não-ser.
A partir de suas observações do comportamento dos prisioneiros, dos guardas da "SS", dos encarcerados com privilégios e de si próprio, Frankl desenvolveu o conceito de Logoterapia, que é conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicologia. Ao ser libertado, escreveu o livro Em Busca de Sentido - Um Prisioneiro no Campo de Concentração, onde conta a experiência que o levou à descoberta da logoterapia.
Como o termo "logos" é uma palavra grega e significa "sentido", esta teoria concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido. Assim, esta escola psicoterapeuta parte do princípio que a busca de sentido na vida é a principal força motivadora no ser humano.
Voltemos então à citação inicial sobre o passado. Ao desenvolver planos de ação com meus clientes e participantes dos meus cursos de coaching, noto que há sempre um receio de pensar em metas futuras, pela sombra da dúvida em ser capaz de se manter focado, persistente e atingir o objetivo. O passado exerce aí uma de suas duas forças paradoxais: aparecem as crenças limitantes que nos desestimulam a tentar novamente.
Como coach, cabe a mim neste momento mostrar a outra força que reside no passado: que todas as suas conquistas, superações e experiências vividas, nada, nem ninguém lhe podem tirar. Suas realizações, suas idéias, o crescimento interior que conquistou e até seu sofrimento estão para sempre assegurados e salvos na realidade do passado.
Assim, por mais difícil que nos pareça o desafio à nossa frente, devemos buscar forças nas realizações passadas e, principalmente, alcançar novas enquanto vivenciamos a busca de valores mais profundos como: a alegria, a honestidade, a tranquilidade, o reconhecimento e o amor. O sucesso chega como consequência da vivência destes valores, e não como geralmente se apregoa que, só após o sucesso encontraremos a felicidade.
Em um mundo onde o prazer imediato pode ser comprado pelo dinheiro em lojas, farmácias, cinemas e "altas baladas", o ser humano perde cada vez mais o entendimento de qual é o sentido de sua vida. E de acordo com Frankl, este entendimento deve ser único e individual, sendo geralmente descoberto fora de nós mesmos, através de três possibilidades:
1- Do caminho da realização, quando nos aplicamos a um projeto ou ao trabalho.
2- De vivenciar a experiência da bondade, da verdade, da cultura e da natureza, ou dedicar-se às pessoas a quem amamos ou temos afeto.
3- Ou pela forma que encaramos e reagimos aos sofrimentos inevitáveis.
Podemos nesta terceira possibilidade lembrar o atual conceito de resiliência, um termo que vem da física e que aqui significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades. O resiliente é aquele que se recupera e molda-se a cada "deformação" - obstáculo - situacional, e a cada desafio. Podemos observar que quanto mais resiliente é o indivíduo há menos doenças e perdas, e mais desenvolvimento pessoal é alcançado.
Temos que ter senso de "pertencimento" - pertencermos a um lugar, a uma família, a uma comunidade; iniciativa e perseverança, confrontando o que é possível, e aceitando o que não pode ser mudado; e nos transformarmos através do aprendizado adquirido das adversidades.
Fica aqui um convite: na próxima adversidade - e ela virá -, busque a resiliência, ouça com mais atenção a sua sábia voz interna e, certamente, lá você encontrará o seu sentido. Então viva intensamente. "Pois o passado também é uma dimensão do ser, quem sabe, a mais segura" - Victor Frankl.

quarta-feira, abril 19, 2017

Como usar o coaching para dar um upgrade na sua carreira.

   Crescer na carreira, assumir novos desafios, liderar equipes e ter um bom networking são os desejos de dez em cada dez profissionais. Mas colocar tudo isso em prática não é tarefa fácil.Por isso, o coaching vem ganhando cada vez mais adeptos. Nos últimos anos, o número de alunos matriculados em cursos dedicados ao tema cresceu 400% no Brasil.
   A ideia é simples: o Coach, aquele que ajuda a mostrar o caminho a ser seguido, ajuda o Coachee (cliente) a traçar e concretizar seu plano de carreira. Juntos, os dois definem objetivos e metas a serem atingidos e identificam as habilidades técnicas e comportamentais que precisam ser desenvolvidas para chegar lá.
   O Coach pode ser um consultor externo com formação séria na área ou até mesmo alguém dentro da sua organização. É cada vez mais comum que líderes sejam treinados para exercer o papel de coach junto a suas equipes. Nos Estados Unidos e na Europa, as empresas já gastam mais de US$ 1 bilhão por ano para disseminar a prática entre seus colaboradores. 
   Saiba como funciona um processo de Coaching e confira dicas para tirar um proveito dele:
  1. Trace diretrizes profissionais
   O que você quer alcançar? Todo processo de coaching começa com a definição de metas claras para a carreira e dos passos necessários para chegar lá. É importante estabelecer objetivos realistas. Por exemplo: se você quer continuar na mesma empresa, de nada adianta você almejar um cargo que não existe lá. Para isso, você terá de mudar de companhia ou de ambição.
   Nesta etapa é preciso que você avalie a sua atual posição, quanto você ganha, qual é a sua pretensão salarial e quais são as chances dessa mudança acontecer de fato. 
2. Defina quais são os seus valores
   Para alcançar os seus objetivos, você precisa, também, saber o que está, ou não, disposto a fazer. Quais são os valores que norteiam a sua vida e o que você mudaria para conseguir um novo trabalho ou posição? Lembre-se sempre que aqui será necessário estabelecer um equilíbrio entre a sua carreira e a vida pessoal. 
3. Sonde como você é visto no mercado
   Para que tudo aconteça como você quer, é preciso que você saiba exatamente o que será preciso ser feito. E, para isso, você precisa saber como o mercado o enxerga.
   Faça algumas entrevistas de emprego e sonde se existe possibilidade de crescimento na empresa onde você atua hoje. Esse é um bom momento de feedback.  
4. Foque nas habilidades essenciais para o seu cargo
   Primeiro, faça um levantamento dos seus pontos fortes e fracos, aprimorando o lado positivo e trabalhando o que precisa ser melhorado. Tenha em vista, também, os obstáculos que terá de enfrentar e como fará para superá-los.
   Uma dica: qualquer profissional precisa saber se comunicar. Essa é uma das ferramentas básicas para o crescimento. Outros pontos importantes a serem trabalhados são a flexibilidade no trabalho em equipe, a facilidade de adaptação a novas situações e o poder de persuasão.
5. Analise a concorrência
   Você também precisa saber se está preparado para enfrentar a concorrência. Se um de seus objetivos é, por exemplo, ganhar um salário de R$ 70 mil, você deve saber qual é o perfil do profissional que ganha essa quantia mensalmente e o que terá de ser feito para que você chegue ao nível desse profissional. 
6. Mapeie a sua rede de relacionamentos
    O networking é de extrema importância nesta etapa de reposicionamento de sua carreira. Analise quais os relacionamentos criados até aqui que o ajudarão a alcançar a posição almejada por você e pense em maneiras de estabelecer novas redes de contatos.
Se interessou pelo tema? Então conheça o nosso Workshop de Iniciação ao Coachingonde você poderá mergulhar fundo nesse universo e sair com um plano de ação em curto prazo.

terça-feira, abril 18, 2017

Seja um Líder de Presença Marcante



    Cada membro da equipe que você lidera terá muitos altos e baixos em suas vidas se não tiverem um líder que acrescenta ao seu desenvolvimento. Líderes eficazes tem uma constância no seu temperamento, na forma que se comunica, na sua disponibilidade e missão. Assim como na publicidade, uma abordagem consistente e cumulativa é altamente eficaz na construção e na criação de mudanças e melhorias.

    Bibliotecas e teorias em todo o mundo estão cheias de ideias perspicazes e sofisticadas sobre como liderar e causar um impacto. Os melhores líderes levam em conta uma variedade de ideias e adotam o estilo que lhes convém. Sem dúvida, existem estilos de liderança diversificada e abordagens que podem ter um impacto muito significativo na equipe liderada. No entanto, é difícil encontrar abordagens eficazes que não enfatizam os cinco fundamentos do desenvolvimento: confiança, ouvir atentamente, reforço positivo, foco e consistência.

    Os lideres mais eficazes atuam como Coach dividindo o objetivo do liderado em metas menores e, em seguida, concentra-se  em seqüenciá-las estrategicamente. Aprenda como atuar como Lider Coach neste curso de Iniciação ao Coaching! e verá que seus liderados estarão muito mais dispostos a adotar novas iniciativas de sucesso.


     Faça sua inscrição pelo fone 17 981159082 ou envie uma mensagem pelo whatssap.

quinta-feira, abril 06, 2017

Mais uma oportunidade de fazer seu Curso de Iniciação ao Coaching em S J Rio Preto!

   Você certamente tem interesse em conhecer o processo de Coaching tão falado nos últimos anos! Para isso você deve primeiro fazer um curso de Iniciação ao Coaching para entender este processo, conhecer e utilizar as ferramentas utilizadas e implementa-las na sua vida pessoal e profissional.

Nada de investir seu capital e tempo em um curso de Formação de Coaching (que deve ser longo e sério) sem antes conhecer o processo e compreender se você deseja realmente ser um Coach Profissional. Comece uma mudança na sua vida de forma inteligente participando de um curso que cabe dentro de seu orçamento aplicada pela Coach Ada Maria de Assis pioneira neste trabalho em Sao José do Rio Preto e com 13 anos de experiencia!
Certificado pelo International Coaching Community!

quarta-feira, abril 05, 2017

O MEDO DE FALAR EM PUBLICO


Reportagem no Caderno Bem Estar no Diário de Região de Domingo 02/04/2017 com a minha opiniao e dicas. Extremamente grata a jornalista Juliana Ribeiro pela confiança.

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segunda-feira, abril 03, 2017

A Questão não é o Coach


Os melhores líderes podem ser os menos notados 





Marshall Goldsmith 


   Muito do que se entende por desenvolvimento de liderança nas empresas pode ser uma perda de tempo. Veja se você reconhece este processo. Sua empresa o tem como um futuro líder. E o envia para um “acampamento de liderança”, que pode durar de um dia a duas semanas. Você será entretido por um desfile de palestrantes (como eu), e depois você se verá obrigado a criticar os palestrantes e avaliar o quão eficaz eles/as foram. Se sua empresa é particularmente rigorosa na coleta de informações, você pode ser convidado a criticar o hotel e a comida. Mas ninguém vai avaliar você. Ninguém o está acompanhando para ver o que você aprendeu ou se você realmente está se tornando um líder mais eficaz. Como resultado das críticas, as pessoas que mais podem aprender (e mudar) são os palestrantes, os membros da equipe do hotel, e os cozinheiros. 

   Isso é muito estranho, e desnuda a enorme falácia do atual processo de desenvolvimento de líderes. Nós nos concentramos demais no vendedor em vez de olharmos o cliente. Nós nos concentramos no palestrante, em vez do aluno. Nós nos concentramos no coach e não na pessoa que está sendo treinada. Nós nos concentramos demais no líder, e muito pouco nas pessoas que fazem o trabalho. 

   Isso acontece no meu coaching. Dos grandes clientes com quem tive o privilégio de trabalhar, Hal pode ser o meu melhor coachee (treinando). Na avaliação de seus colegas de trabalho, Hall melhorou mais do que qualquer outro líder com quem já trabalhei. 

   Hal dirige uma divisão com cerca de 40.000 pessoas, em uma das maiores organizações do mundo. Seu CEO reconheceu que Hal era um grande líder e quis que ele expandisse a sua atuação, concedendo-lhe mais autonomia na construção de sinergias entre as divisões. O CEO pediu-me para trabalhar com ele. Hal ansiosamente aceitou o desafio e logo envolveu toda a sua equipe. Juntos, estabeleceram o processo de gerenciamento de projetos mais rigoroso que eu já vi. Todos assumiram responsabilidades na criação de sinergias positivas. Eles regularmente informavam sobre seus esforços para envolver os demais colegas da empresa na construção de um trabalho em equipe. Eles aprendiam com a experiência de todos os colegas. E agradeciam às pessoas por ideias e sugestões, e por acompanha-los para garantir a sua aplicação eficaz. 

   Tem mais. Como eu mesmo disse a Hal, “Eu provavelmente dediquei bem menos tempo a você do que a qualquer cliente que já treinei. O que devo aprender com a minha experiência com você e sua equipe?” 

   Hal tranquilamente ponderou a minha pergunta. “Como coach”, disse ele, “você deve entender que o sucesso de seus clientes nada tem a ver com você. A questão está nas pessoas que optam por trabalhar com você.” Ele discretamente riu, e continuou. “De certa forma, eu continuo sendo eu mesmo. O sucesso da minha organização não se deve a mim. O que importa são as pessoas dedicadas que estão trabalhando comigo.” 

   Isso desmascara a sabedoria convencional sobre liderança. O que se vê na literatura é muito exagero – se não glamorização – acerca da contribuição do líder. O pressuposto é que tudo se desenvolve a partir do líder. É ele/a o responsável por ajudá-lo a melhorar. É ele/a quem vai leva-lo à terra prometida. Tire o líder da equação, e as pessoas vão se comportar como crianças perdidas. 

   Ledo engano. Como diz um antigo provérbio: “O melhor líder, o povo não percebe. Quando o seu trabalho é feito, as pessoas pensam: ‘Fomos nós que fizemos.’” [NT: Lao-tsu, editado] 

   É por isso que eu não vejo “coach como perito”. Penso muito mais no “coach como facilitador.” A maioria do que os meus clientes aprendem sobre si mesmos não vem de mim, mas de seus amigos, colegas e familiares. Eu apenas tento ajuda-los ―quando necessário ―para que não se desgarremda rota que eles mesmo escolheram. 

   Por exemplo, digamos que você quer ser um ouvinte mais atento. É bem possível que um coach possa lhe explicar o que fazer para ser um ouvinte melhor. Por certo o seu conselho será razoavelmente lógico, executável, e difícil de ser contestado. Mas será genérico. Para mudar, é muito melhor pedir a pessoas importantes em sua vida, “Por favor, me diga o que posso fazer para me tornar um ouvinte melhor para você.” Elas podem lhe dar sugestões concretas e específicas que dizem respeito a elas mesmas – de como elas o percebem como ouvinte – e não ideias vagas que você pode ler em um livro. Elas podem não ser especialistas em comunicação interpessoal, mas sabem bem mais sobre como ouvi-las do que qualquer pessoa no mundo.
   Eu não posso mudar as pessoas bem-sucedidas com quem trabalho. E eu não tento. Muitas pessoas pensam que um coach ― especialmente um coach bem sucedido ― vai resolver os seus problemas. É como pensar que você vai entrar em boa forma física com a contratação do melhor personal do mundo sem que você precise executar diversas rotinas de exercícios puxados. 

   Grandes líderes, de verdade, como Hal, reconhecem o quão estúpido é pensar que a questão está no coach. Sucesso a longo prazo é criado pelas 40.000 pessoas que fazem o trabalho – e não apenas pela pessoa que tem o privilégio de estar no topo. 


Ver também: Goldsmith, Marshall; e Morgan, Howard (2004). “Liderança é um Esporte de Contato” (tradução: Rogério A. Machado)