Patrícia Bispo entrevista Arthur Diniz no site www.rh.com
Num momento em que o universo corporativo vive cercado de constantes mudanças, os profissionais que desejam acompanhar as transformações e ao mesmo tempo desenvolverem novas competências estão utilizando recursos que atendam principalmente às suas necessidades individuais. Dentro dessa visão, o coaching vem sendo uma ferramenta de grande valia para quem deseja investir no seu próprio desenvolvimento. As vantagens do processo são muitas, pois como se trata de um processo individualizado, o retorno pode ser bem mais satisfatório do que os obtidos por outras metodologias que se encontram no mercado. Para falar um pouco mais sobre coaching, o RH.com.br conversou com Arthur Diniz, consultor e especialista nesse processo. "O coaching pode ser um grande aliado de qualquer área de Recursos Humanos que queira focar suas ações no desenvolvimento completo dos profissionais da empresa", afirma Diniz. Confira e aproveite a leitura!
RH.com.br - Qual a definição de coaching?
Arthur Diniz - Podemos afirmar que coaching é um processo estruturado que ajuda as pessoas a atingir suas metas em suas vidas pessoais, carreiras, empreendimentos ou organizações. Através do coaching, os clientes aprofundam seu aprendizado, melhoram suas performances e sua qualidade de vida. A interação entre o coach e o cliente, por exemplo, faz com que o cliente descubra seus sonhos, suas metas e seu potencial inexplorado. Ajuda o cliente a transformar esse conjunto em ação e a não perder o foco no caminho da implantação. Provocar mudanças está no coração do processo de coaching. O processo ajuda pessoas ou empresas a criarem, adaptarem-se e aceitarem mudanças como um desafio e não como um obstáculo.
RH - Por que as empresas estão adotando cada vez mais esse processo?
Arthur Diniz - É bom lembrarmos que o coaching é uma profissão recente e somente ganhou evidência no universo corporativo do Brasil há uns dois ou três anos. Esse processo vem sendo utilizado porque traz resultados diferenciados e seu foco é o desenvolvimento de cada indivíduo, trabalhando suas necessidades específicas.
RH - Sabemos que vários processos já perderam força no universo corporativo, apesar de ter tido um período de auge. O coaching é um modismo ou veio para ficar?
Arthur Diniz - Na minha opinião o coaching veio para ficar. No entanto, obviamente aqueles que estão pegando carona na moda não vão conseguir sobreviver por muito tempo. Mas os bons profissionais serão sempre muito requisitados pelo mercado.
RH - Quais são as vantagens que esse processo traz para as organizações?
Arthur Diniz - Para que você tenha uma idéia das vantagens oferecidas por esse processo, a Fortune 500 publicou recentemente um estudo buscando calcular o ROI (Retorno Sobre Investimento) de um programa de coaching de executivos. O resultado é que o programa produziu um ROI de 529%, ou seja, um retorno de cinco vezes a mais sobre o valor investido em coaching. O estudo incluiu 100 executivos que receberam o processo de coaching.
RH - Que tipo de benefícios o coaching proporciona aos profissionais?
Arthur Diniz - São vários os benefícios, mas podemos destacar o aumento de produtividade, retenção dos executivos que recebem coaching, melhoria no relacionamento entre reportes diretos, trabalho em equipe, maior satisfação no trabalho, entre outros.
RH - Qual o momento mais propício para se usar o coaching?
Arthur Diniz - Pessoalmente, não creio que haja um momento específico mais propício. Sempre costumo afirmar que é tempo de crescer e o coaching é uma ferramenta de desenvolvimento bastante ampla.
RH - Qual o diferencial do coaching em relação às outras ferramentas de desenvolvimento usadas pelas organizações?
Arthur Diniz - O diferencial desse processo é que o trabalho é individualizado. Na minha opinião, nenhuma outra ferramenta é tão eficiente porque as outras utilizadas em desenvolvimento trabalham o grupo e não o indivíduo especificamente.
RH - O coaching é indicado para qualquer empresa ou existem restrições?
Arthur Diniz - Esse processo pode ser usado por qualquer empresa na qual as pessoas estejam dispostas a mudar.
RH - Qual o perfil de profissionais que recorrem ao coaching?
Arthur Diniz - Tenho tido a oportunidade de trabalhar com profissionais dos mais diversos perfis, inclusive jovens em início de carreira. Eles procuram o coaching para os mais diversos objetivos como, por exemplo, desenvolvimento de líderes, formação de sucessores nas empresas familiares, planejamento de carreira, entre outros.
RH - Como sabemos, o coaching sempre leva a mudanças. De que maneira esse processo deve ser implantado, para que o mesmo não seja alvo de resistências?
Arthur Diniz - Todos os futuros coachees devem participar do processo de escolha do coach. Também deve existir um processo de conscientização dos profissionais quanto à responsabilidade no resultado do processo.
RH - Quem deve conduzir o coaching?
Arthur Diniz - Não há uma regra clara quanto a isso. No entanto, é bom salientar que o mais importante é que o coach seja muito bem preparado para conduzir o processo.
RH - Geralmente, quais as principais dificuldades que um coach enfrenta ao iniciar um processo dentro de uma organização?
Arthur Diniz - Geralmente, a maior dificuldade encontrada dentro das organizações é o medo de que o coach vá fazer alguma avaliação do profissional para a empresa. Esse medo gera resistência e o processo acaba ficando travado.
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