sábado, junho 26, 2010

Palestra sobre Coaching para o GERHE - Reunião no Senac

No último dia 18/06 fui convidada para dar uma palestrasobre Coaching no Senac para o Grupo GERHE - profissionais de várias empresas da área de Recursos Humanos que se reunem para trocar idéias, estudar, discutir sobre a área, enfim aprimorar seus conhecimentos e performances.
Gostaria de agradecer o convite feito pelo Dorival Alonso Jr, gerente de RH da Crespo Impressora e desejar muito sucesso a todos do grupo.






quinta-feira, junho 24, 2010

Sua empresa é uma seleção?

Gestão
Sua empresa é uma seleção?
Recuperar a posse da bola nas negociações e partir novamente para o ataque podem ser ações cruciais para se levar para casa a tão cobiçada taça de campeão A Copa do Mundo traz à tona muitos questionamentos sobre formação de equipes, entrosamento e eficiência de grupo, tanto quanto à seleção de seu país quanto aos adversários. Torcedores se perguntam quem será convocado e se enfurecem pelo corte dos jogadores que não estão na lista oficial. Os convocados desfrutam da glória de estar entre os melhores do mundo e suportam a cobrança para que dêem o melhor de si para fazer valer a honra de lutar pela sua nação.

Como no futebol, o mundo dos negócios também aflora as mais inúmeras dúvidas ao se construir e liderar um grupo, desde o momento de selecionar quem fará parte da sua equipe, até a apresentação de resultados. O empreendedor se pergunta se os seus funcionários dão o melhor de si em suas atividades, se continuam no banco de reservas esperando o momento de entrar nas disputas, se o departamento de recursos humanos levou seus critérios e exigências a sério na hora de convocar os profissionais. E até mesmo se deve ou não liberar esses colaboradores para que acompanhem aos jogos.

Montar uma verdadeira seleção de trabalhadores é uma tarefa árdua. É preciso que se crie uma relação de extrema confiança com o setor de contratação, deixando sempre muito claro suas intenções quanto aos funcionários, tudo o que será oferecido e o que se espera em troca. Todas as perguntas feitas necessitam de bom senso e paciência para que sejam corretamente respondidas. Mas, a pergunta que nenhum empresário pode deixar de se fazer é: “Eu sei a hora de ser ofensivo nos negócios, ou deixo meus concorrentes impor o ritmo de jogo?”

No futebol, os esquemas táticos são a forma como os treinadores escalam seu time dentro de campo. Seleções tornaram-se famosas por ousadias na formação, como a Holanda de 74 e seu esquema conhecido como “Carrossel Holandês”, no qual os jogadores não tinham posições definidas, mas exibiam grande habilidade técnica e coletiva. Comandar um grupo, definir suas funções, confiar em suas habilidades e saber a hora de atacar ou se defender são virtudes de extrema importância para líderes em geral, sejam técnicos de futebol ou empresários.

Lembre-se que não basta exigir resultados dos seus jogadores se eles não tiverem ferramentas para conquistar as metas almejadas. Disponibilizar equipamentos eficientes e serviços técnicos para manutenção de eletrônicos, é um dos passos a ser inserido na luta pela liderança de mercado.
Como na Holanda da década de 70, para se conseguir destaque é preciso que se desenvolvam as habilidades coletivas da sua equipe. Mantenha a auto-estima alta e valorize cada integrante dela, esclareça os papéis a serem desempenhados e torne o ambiente propício ao desenvolvimento do espírito de coletividade. Um empresário, assim como o treinador, deve acreditar no seu time, e ser seu maior incentivador.

Criar uma estratégia tática que seja eficiente para a empresa e para os colaboradores, formar um grupo bem estruturado, ter força de vontade para se defender quando preciso, recuperar a posse da bola nas negociações e partir novamente para o ataque podem ser ações cruciais para se levar para casa a tão cobiçada taça de campeão.

Gilberto Wiesel (Empresário, administrador de empresas pós-graduado em Marketing pela FGV. É Master-Practitioner em Programação Neurolinguistica pela Sociedade Brasileira de PNL e membro da Time Line Theraphy Association, Hawai-USA. É escritor, conferencista e diretor dor Grupo Wiesel que atua na área de Educação Corporativa).

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HSM Online
16/06/2010

quinta-feira, junho 17, 2010

Falando sobre RH.com.br - Desempenho - Seu tempo é curto e sempre escorrega “pelas mãos”?

Seu tempo é curto e sempre escorrega “pelas mãos”?


Patrícia Bispo
Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.

Você tem o sentimento de que trabalha, mas as coisas não acontecem? Percebe que o tempo escoa entre suas mãos e se impotente para dominá-lo?Já teve a impressão de que, muitas vezes, não tem controle sobre as horas, suas atividades no trabalho, e que anda a reboque dos fatos? Calma, se essas perguntas se encaixam perfeitamente na sua vida, não entre em desespero. Afinal, milhões de pessoas no mundo enfrentam situações semelhantes, mas conseguem contorná-las, administrá-las.
"O tempo é um conceito subjetivo que depende muito das circunstâncias em que a pessoa está inserida. Se é uma atividade que cause muito alegria ou prazer, uma hora parece que passa muito rapidamente", afirma Ernesto Berg, especialista em administração do tempo e que lançou recentemente o livro "Quem Roubou o Meu Tempo?", pela Editora Juruá. Em entrevista concedida ao RH.com.br, ela apresenta os inimigos e os aliados do tempo, bem como mostra o caminha para que as pessoas possam bem gerir suas horas, seja no campo pessoal ou profissional. Se seu relógio está em um ritmo muito acelerado e ao final do dia, você tem aquela terrível sensação de que não resolveu os assuntos urgentes e amanhã haverá uma "pilha" de pendências para resolver, dê uma parada estratégica para conferir o conteúdo dessa entrevista. Asseguro que não será perda de tempo. Boa leitura!


RH.com.br - Com um cotidiano cada vez mais agitado, as pessoas têm uma sensação de que o tempo "encurtou" e que mesmo permanecendo acordadas 24 horas, não realizam o que desejam. O que está ocorrendo com o ser humano?
Ernesto Berg - Estamos vivendo na Era da Competição e da globalização. Em função disso as pessoas são levadas a tentar fazer cada vez mais em menos tempo. Acrescente a isso o fato de que as novas tecnologias existentes, como a internet, notebook, celular, palmtop, smartphone entre outros recursos, tornam o ser humano acessível e disponível em qualquer lugar em que esteja obrigando-o a dar respostas a essas demandas, a todo instante. O resultado disso é uma correria desenfreada em direção a alguma coisa que não se sabe muito bem o que é, mas que insere o indivíduo no contexto de uma pressa neurótica, cuja consequência mais visível é um estado de vácuo interno, uma carência de estabilidade psicológica e espiritual.

RH - A definição de tempo torna-se subjetiva, de acordo com as experiências, as responsabilidades e a realidade de cada indivíduo. Para o senhor, o que realmente é o tempo?
Ernesto Berg - Realmente, o tempo é um conceito subjetivo que depende muito das circunstâncias em que a pessoa está inserida. Se é uma atividade que cause muito alegria ou prazer, uma hora parece que passa muito rapidamente. Mas essa mesma hora, passada sob imensa tensão ou pressão, pode dar a impressão de que nunca acaba. Mas, falando sobre o conceito de tempo, pode-se dizer que tempo é vida. Quem ganha tempo ganha vida e quem perde tempo perde vida, pois o melhor indicador de tempo é o que nós efetivamente realizamos e construímos ao longo da nossa existência. Se foi algo de bom, colheremos os bons frutos e se plantamos coisas negativas vamos ter que assumir seus resultados indesejáveis.

RH - A gestão do tempo está ao alcance de todos ou é um privilégio para alguns?
Ernesto Berg - A administração do tempo certamente está ao alcance de toda pessoa que se dispuser a colocar em prática os instrumentos, os processos e as técnicas que a gestão tempo disponibiliza. O resultado disso será um significativo impulso na eficácia e desempenho, não só profissional como também pessoal dos indivíduos que se dispuserem a fazê-lo. Costumo dizer que pessoas eficazes e produtivas são mestres no uso do tempo e sabem muito bem como otimizá-lo. E que pessoas ineficazes e improdutivas são mestres no desperdício do tempo e sabem muito bem como desperdiçá-lo cada vez mais, embora, muitas vezes, não tenham consciência dessa deficiência.


RH - O senhor lançou o livro "Quem Roubou o Meu Tempo". O que o seu trabalho traz de inovador, em relação a outras inúmeras obras que encontramos no mercado?
Ernesto Berg - Conheço inúmeras obras sobre administração do tempo, tanto de autores nacionais como estrangeiros, a maioria delas muito boas. Entretanto, o que diferencia o meu livro de grande parte dos existentes no mercado, é que tentei dar à obra um cunho muito objetivo e eminentemente prático. Cada página tem cerca de uma dúzia de dicas práticas, totalmente aplicáveis no dia a dia do leitor. Agora, a maior inovação, sem dúvida alguma, é o DVD, Gestão Eficaz do Tempo, que acompanha o livro. É uma palestra com 50 minutos de duração que gravei e vem em forma de brinde, sem custo algum para quem adquirir a obra. Em termos mercadológicos é a primeira vez que isso acontece no Brasil e, pelo que pesquisei nos sites internacionais, inclusive dos Estados Unidos e da Europa, é a primeira vez que isso ocorre no mundo, especificamente na área de Administração e Negócios. É algo totalmente inédito, fruto da parceria entre a Editora Juruá, a Dtcom e a minha empresa. O DVD pode ser utilizado em sessões de treinamento, em início de reuniões ou simplesmente para aprimoramento pessoal.


RH - Quando o senhor produziu "Quem Roubou o Meu Tempo", qual foi seu foco?
Ernesto Berg - O foco do livro é tornar as pessoas mais realizadas, atingindo resultados e objetivos através de metodologia apropriada, bem como alavancar a carreira e a profissão do leitor, como também aumentar o desempenho o profissional e pessoal. Além disso, o último capítulo da obra extrapola o âmbito meramente empresarial e dá todas as orientações sobre como estabelecer objetivos para sua vida como um todo seja no âmbito familiar, nos relacionamentos, nas finanças, na saúde, na vida espiritual, por exemplo. Não podemos esquecer que o ser humano tem uma dimensão muito maior do que apenas a profissão e o trabalho.


RH - Qual foi a base que deu sustentação ao seu livro? Experiências próprias, casos observados ou um minucioso trabalho de pesquisa?
Ernesto Berg - Aconteceram as três modalidades. Quando trabalhei como executivo deparei-me com muitas circunstâncias adversas em função do tempo mal usado e mal distribuído. Comprei, então, um livro sobre administração do tempo que foi muito útil, para mim e a minha equipe, para a agilização e a otimização das atividades do departamento que eu chefiava. Depois, já como consultor, gerenciar o tempo foi de importância capital para que eu pudesse dar conta das muitas atividades envolvidas em consultoria, como reuniões, congressos, cursos, palestras, diagnósticos organizacionais, implantação de sistemas, além de muitas viagens e esperas prolongadas nos aeroportos. Por último, muito pesquisei, quando escrevi a obra, vendo muitos filmes e lendo uma grande quantidade de livros e artigos sobre o assunto para servir de embasamento metodológico a esse trabalho.


RH - Quais os grandes inimigos do tempo?
Ernesto Berg - Existem vários inimigos do tempo, mas, costumo dizer, que o maior inimigo do tempo é a nossa própria falta de autodisciplina. Achamos que ao adotar as técnicas e os processos de gerencia do tempo eles vão funcionar automaticamente. Não é assim. Depende essencialmente de cada pessoa colocar em prática seus preceitos diariamente e, só depois, certamente surgirá um grande número de benefícios. Entre os maiores inimigos do tempo estão também: a falta de uma visão estratégica do seu trabalho, a inexistência de agenda diária - que deve ser seguida à risca, a desorganização pessoal - e, muitas vezes, da própria empresa, constantes - e geralmente mal feitas - reuniões, falta de delegação, incapacidade de dizer não, a Internet - quando utilizada desordenadamente e, sobretudo, excesso de e-mails e de informações.


RH - E quais são os melhores aliados da gestão do tempo?
Ernesto Berg - Os melhores aliados são exatamente a antítese dos inimigos do tempo. Primeiro, devo estar imbuído de que vou me policiar e aplicar os instrumentos de gestão do tempo por, pelo menos, 30 dias. Depois desse período esse comportamento passa a incorporar minhas ações automaticamente. Em seguida, ter uma clara visão do que pretende extrair do seu trabalho e de sua profissão, ou seja, a visão e a estratégica, e direcionar suas ações para esses objetivos. Podemos citar ainda passar a utilizar necessariamente uma agenda diária, sempre priorizando as ações, das mais importantes - que devem ser executadas primeiramente - para as menos importantes. Aprender a delegar e a ensinar seu trabalho aos outros sempre que possível, otimizar reuniões, saber a hora de dizer "não" - quando o trabalho é excessivo, otimizar e racionalizar o uso dos e-mails e aprender a navegar na internet com propósito e tempo definidos.


RH - A gestão do tempo é semelhante no campo pessoal e profissional?
Ernesto Berg - Embora mais utilizados no campo profissional, os mesmos instrumentos e processos de gestão do tempo podem também ser empregados nas diferentes áreas da vida pessoal, como no relacionamento familiar, na saúde, nas finanças, na ajuda à comunidade, na vida espiritual. Por exemplo, uma pessoa que queira melhorar seu estado físico, a saúde, deve estabelecer um - ou vários -, planos de ação visando atingir melhor condicionamento corporal. Para isso, pode usar alguns dos instrumentos de gerência do tempo como, definir o que fazer, prioridades, prazos e ações para a obtenção do estado físico desejado. Conheço muitas pessoas que se servem das técnicas descritas em gerência do tempo em suas atividades pessoais, com pleno sucesso. Eu mesmo, além das atividades profissionais e pessoais, tenho um plano de ação claramente estabelecido para minha vida espiritual e que executo diariamente sob quaisquer circunstâncias, pois, para mim, tem prioridade sobre todas as outras atividades que exerço.


RH - A disciplina é indispensável para quem deseja administrar bem o tempo?
Ernesto Berg - A disciplina, como eu já havia mencionado anteriormente, é essencial, não só para administrar o tempo, como também em qualquer outra atividade em que se queira obter sucesso. O mundo em que vivemos está repleto de atrações e distrações, o que nos faz desviar constantemente dos objetivos prioritários previamente traçados. Cerca de 80% de tudo o que diariamente fazemos são basicamente picuinhas, que tomam tempo, exigem esforço. Entretanto, dão um retorno mínimo em termos de produtividade. Como consequência disso, à noite, quando pensamos sobre isso, ficamos frustrados e irritados com o baixo desempenho. Se focarmos as ações no que é essencial e prioritário, temos o sentimento de realização e de dever cumprido, não obstante realizarmos as "picuinhas" também. Só que essas atividades são encaixadas no seu devido lugar, porque se permitirmos, elas irão nos perseguir e ainda acampar ao nosso redor. As atividades prioritárias, de alto retorno, elas não se apresentam, é você que tem que identificá-las e executá-las. Isso exige disciplina e constância. Mas o ganho é fantástico, é só perguntar aos que fazem isso.


RH - Qual a primeira ação que uma pessoa deve ter ao sentir que o tempo "escorre pelas suas mãos"?
Ernesto Berg - A primeira ação é ter consciência de que o tempo está "escorrendo pelas suas mãos" e que isto o torna improdutivo e, talvez, infeliz. O próximo passo é fazer uso da visão estratégica - já mencionada, perguntando se é isso mesmo o que ele quer em termos profissionais ou pessoais. Uma vez encontrada a resposta, definir ações e prioridades e executar o plano traçado. Isto pode ser feito individualmente, ou com o auxílio de outra pessoa, embora esta não seja imprescindível. A maioria das pessoas com quem trabalho ou interajo, o faz individualmente. O essencial é conhecer e aplicar os instrumentos e técnicas de gestão do tempo, pois, sem eles, não terá base suficiente para agir e atingir resultados consistentemente.


RH - Que orientações o senhor pode deixar ao leitor do RH.com.br, para que aproveite melhor seu tempo e, consequentemente, a própria vida?
Ernesto Berg - Que procure ser produtivo, eficaz, motivado e realizado no trabalho, servindo até de exemplo aos colegas. Porém que não perca de vista de que o ser humano é algo muito mais complexo e profundo do que somente trabalho, correrias e atividades produtivas. Ele tem uma razão de ser - pois para isso foi criado por Deus. Por isso, procure encontrar e trabalhar na sua missão de vida - o que é sua prioridade número 1 - tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Tudo o mais é decorrência disso. Quando tiver atingido isto, não terá mais problema com o tempo ou sensação de vida desperdiçada, pois estará exercendo plenamente seu objetivo de vida, para aquilo que veio, de forma produtiva e realizadora.

quarta-feira, junho 09, 2010

Lições da Seleção Brasileira para sua carreira

<09 de junho de 2010, às 09h09min
Lições da Seleção Brasileira para sua carreira
Se sua profissão fosse jogador de futebol, você estaria entre os convocados para a Copa?
Copa do Mundo começa oficialmente no dia 11 de junho, mas, no Brasil, há alguns meses, já se respira o torneio. E a torcida ficou ainda mais envolvida depois da divulgação da lista com os jogadores convocados para defender a Seleção na África do Sul. A relação, que foi motivo de diversas especulações antes de ser anunciada, como não poderia deixar de ser, rendeu uma chuva de críticas ao técnico Dunga. Alguns nomes tiveram a competência contestada nas ruas, onde, da mesma forma, foram criticadas algumas ausências.

Quem está certo nessa história: Dunga ou o povo? O que cada jogador fez para estar entre os convocados? O que faltou aos ausentes? E você, se sua profissão fosse jogador de futebol, estaria entre os convocados?


A lista de ausências questionadas pelos torcedores brasileiros é extensa: Neymar, Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Adriano etc. Já com relação às presenças, o centro das atenções tem sido o atacante Grafite, por ele ter atuado pouco pela Seleção e não ter se destacado muito nos últimos meses em seu time, o Wolfsburg, da Alemanha. Dunga, no entanto, foi enfático na coletiva que concedeu após a divulgação dos convocados: "Tem pessoas que têm inúmeras oportunidades e acham que sempre vão ter a próxima, e tem algumas que em cinco minutos demonstram porque vieram". Segundo o treinador, nos 15 minutos jogados no amistoso contra a Irlanda, em março, Grafite soube aproveitar sua chance e demonstrou as competências necessárias para estar na equipe que agora já se encontra na África do Sul.

Aproveitar as oportunidades

Tratando-se de mercado de trabalho, o futebol não é muito diferente de outros setores. A concorrência é grande e as oportunidades passam rapidamente. O profissional precisa estar atento e preparado para aproveitar cada chance com competência. "O bom profissional deve trazer resultados, não a qualquer preço, mas de uma maneira ética e responsável. Deve estar alinhado à cultura e aos valores da organização, mostrar compatibilidade para com seus líderes e colegas de trabalho, de nada adianta ter muito talento e pouco agregar à equipe", afirma Paulo Araújo, autor do livro Desperte seu Talento - dicas essenciais para a sua carreira. E o consultor Luiz Affonso Romano complementa, dizendo que é preciso "estar atento ao que o mercado procura, e não só às suas habilidades e competências numa outra equipe/ organização, num outro contexto, outro gestor".


Grande parte das críticas à convocação de Grafite se deve, também, ao fato de ele ter substituído o experiente Adriano, ex-ídolo do Flamengo e que esteve presente na equipe de Dunga por várias vezes. Experiente, habilidoso e em boa fase, por que Adriano ficou fora? Bem, era a ele que Dunga se referia quando falou: "Tem pessoas que têm inúmeras oportunidades e acham que sempre vão ter a próxima". Como afirma Paulo Araújo, "o sucesso é a soma de pequenas e grandes decisões e como o profissional sabe aproveitar as chances que aparecem", o que o ex-imperador da Gávea parece não ter aprendido.

No mercado de trabalho, alguns fatores, como uma boa formação, aperfeiçoamentos e experiência, são determinantes na busca por um espaço e devem guiar o profissional sempre a um mesmo objetivo: "a capacidade de executar o planejado e ser uma referência para clientes e colegas de trabalho", como ressalta Paulo Araújo.


Outro fator importante, conforme lembra a consultora da Career Center, Claudia Monari, é "manter a rede de relacionamento sempre ativa", o que "ajuda muito a identificar oportunidades".


O peso da reputação

O escritor Paulo Araújo é enfático: "talento sem reputação de nada vale". Manter uma boa conduta dentro e fora do ambiente de trabalho é essencial para o sucesso de um profissional. E isso foi outro calo na temporada 2009 de Adriano. As brigas com a namorada em público, as supostas relações com traficantes e os atrasos e ausências nos treinamentos e em jogos importantes podem ter deixado na carreira do Imperador uma mancha difícil de sair. "Reputação é tudo. Demora um minuto para perdê-la e uma vida para construí-la. A sua reputação é o seu maior tesouro, seu maior bem", ressalta Araújo.

Já a consultora Claudia Monari lembra que a postura do profissional também é um fator determinante de sua competência. "O conceito de competência é formado por conhecimentos, habilidades e atitudes. Você só é competente se houver esses três ingredientes no seu desempenho. No caso do Adriano, a atitude não era a esperada para aquele tipo de desafio, por isso foi preterido (pelo técnico Dunga)", afirma Monari.

No dia a dia do mercado de trabalho, é preciso "estar consciente de que a carreira é seu patrimônio e, portanto, cultivá-la, adaptá-la às necessidades, trabalhar a sua rede de relacionamento, aprender a gerir o seu tempo, aumentar de forma comedida a sua visibilidade", afirma Luiz Affonso Romano.


O profissional de confiança

Na Seleção, Kaká é o maior exemplo de como a carreira pesa nas decisões de alguns gestores. Contundido e em uma fase que não é das melhores, o craque do Milan, mesmo antes da divulgação dos nomes dos convocados, já era figura garantida no time de Dunga. O motivo: confiança no trabalho demonstrado nas partidas em que foi chamado pelo técnico. Nem mesmo o brilhantismo dos meninos do Santos conseguiu ameaçar a posição do meia.

Paulo Araújo, no entanto, adverte que a confiança na experiência, a preferência pela garantia de um trabalho já conhecido, nem sempre prevalece. "Isso depende de como pensa cada gestor e das circunstâncias do momento que vive a organização. Por vezes é hora de lançar e dar espaço para um novo talento, às vezes não é hora de arriscar e apostar naquele que já deu resultados", afirma.

Para Romano, "é preciso haver uma mescla, tal qual em 1958 – mais difícil por ser fora do continente e não sermos a força temida de agora – com Pelé aos 17 anos e Nilton Santos aos 32, já tendo disputado duas Copas".

A lição para os estagiários

"O estágio, se bem aproveitado, corresponde à oportunidade de o jovem não apenas mostrar seu talento e empenho, mas também se preparar para avançar na trajetória profissional quando surgir o 'grande desafio' que renderá a tão sonhada convocação, ou melhor, a efetivação". Isso é o que afirma Noely David, supervisora de Processos Especiais do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que concedeu uma entrevista ao Administradores falando sobre as lições da Copa para os jovens que estão começando a buscar espaço no mercado de trabalho.

Para ler a íntegra da entrevista com Noely, clique aqui.

terça-feira, junho 08, 2010

EDUCAÇÃO DE QUARTO MUNDO - LIA LUFT

"Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos
ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso?"

No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral. O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.



No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.

Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?

Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet. Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários. Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.

Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.

Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?

FONTE: REVISTA VEJA

Mais fotos do Curso de Iniciação do dia 04 e 05/06!















segunda-feira, junho 07, 2010

AFINAL, O QUE É COACHING - Motivacional - Coach Ada Assis e Silva

FOTOS DO CURSO DE INICIAÇÃO AO COACHING - 04 E 05/06/2010

Aí estão as fotos deste último Curso de Iniciação ao Coaching com certificação da Lambent do Brasil e reconhecimento do ICC. Uma turma pequena mas muito valorosa e cheia de disposição e conhecimentos para compartir. Acredito que os exercícios práticos levaram a interação e reflexão e que grandes mudanças de atitude começam hoje!
Muito sucesso a todos!
E nos vemos no próximo curso de Coaching de Equipes!