segunda-feira, outubro 22, 2007

VOCÊ TEM METAS DE LONGO PRAZO?

VOCÊ TEM METAS DE LONGO PRAZO?


Sempre que faço esta pergunta para um amigo, colaborador ou cliente de coaching a resposta é um olhar surpreso e um tanto indignado. Quando proponho pensarmos onde a pessoa estará, o que estará fazendo em 2017 (daqui a dez anos) geralmente recebo a mesma resposta: eu nunca penso nisso!
É obvio que não podemos adivinhar nosso futuro, mas podemos criar planos de ação com metas possíveis de serem atingidas. Podemos diminuir a angústia e ansiedade em relação ao que virá, se começarmos a imaginar cenários de nossa vida futura baseados em nossas competências atuais, nossa visão de mundo, nossa percepção dos fatos e principalmente nosso entendimento claro do que queremos para nós.
Iniciar um processo de Coaching significa iniciar um período de maior amadurecimento na vida pessoal e profissional. O cliente entrará em contato com os recursos que já possui a partir da investigação de seu passado, compreendendo sua capacidade de lidar com adversidades ao visualizar todas as conquistas e ganhos que obteve quando foi determinado e persistente.
Todos nós tivemos inúmeros momentos de superação. Todos nós fomos vitoriosos em momentos de nossa infância, adolescência e vida adulta, mas infelizmente o que guardamos conosco são algumas crenças limitantes de que não somos capazes de aprender novos hábitos e modificar nosso comportamento.
É no momento presente que podemos pensar nos nossos valores e no que desejamos para uma vida futura mais coerente. Devido a vários fatores culturais e familiares, não fomos ensinados a pensar no planejamento de nossas vidas e de nossos filhos.
Vai aqui um desafio! Responda as seguintes perguntas e reflita sobre seu desempenho atual.

1. Você tem um plano de ação por escrito para os próximos cinco anos?
2. Você faz o seu planejamento financeiro mensal básico, ou seja, sabe quando ganha, quanto gasta e se há recursos para serem investidos?
3. Você sabe quais competências e recursos possui?
4. Você sabe que competências e habilidades precisa desenvolver para atingir suas metas?
5. Você está satisfeito no campo profissional? Se sim, o que fará para preservar seu ânimo e sua empregabilidade?
6. Você está satisfeito no campo profissional? Se não, quais seus planos para mudar de cargo, função ou empresa?
7. Você tem uma boa rede relacionamentos como parceiros, amigos, clientes e conhecidos de diversas áreas?
8. Você busca desenvolver e reter os recursos humanos estratégicos da equipe que lidera?

Quer desenvolver um plano de ação? Um coach poderá ajudá-lo a descobrir quais são seus valores, suas metas e mantê-lo focado e em ação até atingi-las.
Através de encontros semanais ou quinzenais, você será apresentado a várias ferramentas simples que o acompanharão na jornada e que melhorarão sua performance, liderança e sua auto-estima. Este profissional está apto a ouvi-lo com atenção, mostrar-lhe seus infinitos recursos e coloca-lo para agir.
Ele será seu parceiro confidencial por um período determinado até que você atinja suas metas, e somente com o seu sucesso ele poderá atingir o dele.

“Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.”
Ditado hindu

ADA MARIA DE ASSIS E SILVA – International Coach/Educadora/Gestora de Negócios

segunda-feira, outubro 15, 2007

A TRAGÉDIA DOS PROFESSORES ENLOUQUECIDOS

A tragédia dos professores enlouquecidos
Gilberto Dimenstein
Folha de São Paulo, 14 de outubro de 2007

O choque de vítimas é visível quando uma professora agride um garoto que passou a vida sendo agredido


Depois de pegar um de seus estudantes mais indisciplinados e agressivos pela gola e rasgar sua camisa, Sirley Fernandes da Silva, professora de uma escola estadual na periferia de São Paulo, pediu licença médica e resolveu procurar um psiquiatra -já não sabia lidar com tanto desrespeito em sala de aula. "O aluno era terrível, mas depois fiquei com pena dele. Quando chamamos os pais e percebemos como são ausentes da vida dos filhos, vemos que o garoto também é uma vítima. O aluno fica em casa abandonado e, muitas vezes, vai para a escola só para comer."

Depois de um ano de terapia, Sirley não abandonou o magistério, apenas trocou de série. Passou a dar aulas no ensino médio, onde, segundo ela, havia uma "vantagem": "Os alunos do ensino médio podem ser mais agressivos verbalmente, mas os do fundamental partem para a agressão física".Difícil saber o que é mais dramático: a professora descontrolada pedindo socorro ao psiquiatra ou a "vantagem" que ela encontrou ao dar aulas para estudantes mais velhos e apenas ser xingada.O caso de Sirley faz parte de uma tragédia conhecida quase exclusivamente por especialistas: a epidemia de distúrbios mentais dos professores brasileiros, provocados, entre outros motivos, pela violência e pelas condições de trabalho ruins. Diante desse massacre psicológico, um minuto de silêncio seria uma forma apropriada de comemorar, amanhã, o Dia do Professor.

O cansaço psicológico de Sirley ajuda a explicar uma informação divulgada pela Folha na sexta-feira sobre o desempenho escolar em uma das regiões mais ricas do país. Segundo testes aplicados pelo governo estadual, 37% dos estudantes que concluem o ensino fundamental são totalmente analfabetos. Nada menos do que 72% das escolas nessa região estão em "estado de atenção", devido ao baixo aprendizado. Entende-se como as crianças se tornam adultos incapazes de compreender um texto simples.

O problema dos salários não é o maior dos males -o maior de todos são as condições de trabalho. Uma pesquisa realizada neste ano pela Apeoesp (sindicato dos professores estaduais) levantou, pela ordem, os seguintes problemas: superlotação em sala (73%), falta de material didático (67%), dificuldade de aprendizagem dos alunos (65%), jornada excessiva (64%), violência nas escolas (62%). De acordo com essa pesquisa, 80% dos professores apresentam o cansaço como um sintoma freqüente, 61% sofrem de nervosismo, 54% padecem com dores de cabeça e 57% têm problemas com a voz. Cerca de 46% deles tiveram diagnóstico confirmado de estresse.

Devemos examinar esse dados com certa atenção porque, primeiro, vêm de um sindicato, que tende a exagerar seus dramas para exigir benefícios à categoria, e, segundo, porque existe uma indústria da licença médica, vista quase como um direito adquirido para compensar tantas adversidades.

Mas quem freqüenta escolas públicas, especialmente na periferia, sabe que, de fato, o professor é massacrado diariamente -assim como seus alunos são massacrados, vítimas de uma série de mazelas que acabam afetando seu aprendizado. O professor é obrigado a lidar com o aluno que não ouve direito porque não sabe limpar direito o ouvido, que sofre de dislexia nem ao menos diagnosticada ou que é vítima da violência ou do descaso doméstico.

O massacre é crônico, de tal forma que, dificilmente, se conseguiria atrair talentos para as escolas públicas -especialmente, para quem mais precisaria desses talentos, que são os mais pobres. Não atraindo, cria-se um círculo vicioso da miséria educacional. O que se nota, além de um absenteísmo enorme, com ou sem justificativa, é uma rotatividade incessante de professores e de diretores.

Pense numa das empresas mais sólidas do Brasil e imagine que os funcionários se comportem como se estivessem numa escola pública -estressados, desmotivados, nem punidos por seus erros, nem premiados por seus acertos. E tudo isso apoiado num forte corporativismo. E, em muitos casos, como mostrou a Folha na semana passada, com cargos de direção escolhidos por políticos. Em quanto tempo essa empresa quebraria?

Oferecer melhores salários certamente ajudaria, a longo prazo, a atrair talentos. Mas, a curto prazo, nesse massacre a que estão submetidos os professores, duvido que funcione. Faz mais sentido oferecer prêmios a escolas que demonstrem mais esforço e ir, aos poucos, criando exemplos, enquanto se melhoram as condições de trabalho, os currículos e os cursos de formação dos docentes.

Nessa briga, não há mocinhos nem bandidos. É, na verdade, um choque de vítimas, visível quando uma professora, desesperada, agride um garoto que passou a vida sendo agredido.
O que dá para dizer, com certeza, é que não se constrói uma nação civilizada com professores enlouquecidos.

PS - Preparei no site um dossiê sobre a saúde dos professores e dos alunos. Podem esquecer soluções mágicas para o problema da educação: se não mexermos na questão da saúde tanto de quem dá aula quanto de quem estuda, não vamos muito longe.

Coluna originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano.

quinta-feira, outubro 11, 2007

EMPRESA NÃO É UMA GRANDE FAMÍLIA

Empresa não é uma grande família

Luis Felipe Cortoni

Ainda hoje, muitos executivos e empresários insistem em usar a família como analogia da harmonia que deve reinar em suas empresas. Parece incrível, mas em discursos oficiais, proferidos durante eventos significativos de uma empresa, ainda pode-se ouvir: "Nós somos uma grande família..." ou então "Nós, da família X S.A...".

A metáfora não é boa. A primeira razão é óbvia: a própria família não é, e nunca foi, o protótipo da convivência harmônica, pretendida em alguns discursos empresariais. Choque de gerações, incompatibilidade profissional entre cônjuges, briga de irmãos, são alguns dos exemplos, que ilustram o ambiente turbulento da convivência familiar.

O que parece muito comum entre a família e a empresa é o fato de que falar aberta e francamente sobre estas "diferenças" internas, é sinal de assumir fraquezas e pode ferir nossa imagem perante vizinhos, fornecedores, clientes, empregados entre outros. Esta "mentira" nossa de cada dia, ou a tentativa permanente de esconder nossos "rachas internos" (familiares e organizacionais) só traz desgaste, descrédito e mais tensão ao sistema e à convivência. Quem escuta o discurso da grande família só tem duas conclusões a tirar sobre quem o profere: ou é um desconhecedor do que de fato acontece, ou não quer ver o que de fato acontece.
E o que de fato acontece? Vamos nos limitar à realidade organizacional. Na verdade, ela é recortada internamente por interesses de grupos e indivíduos, legítimos na sua maioria. Não faltam exemplos destes grupos e indivíduos que convivem no dia-a-dia da empresa: o pessoal do staff, o grupo da produção, o grupo de mulheres da empresa, os casados, as pessoas de potencial diferenciado, os trainees, o comitê do projeto de reengenharia, a turma que pega o ônibus, a área de RH, o departamento de marketing, e outros tantos.

Para cada um desses exemplos acima é possível identificar alguns interesses/expectativas inerentes ao seu trabalho e sua posição dentro da empresa. Todos nós sabemos que o pessoal do "staff" e da "linha" vivem e convivem com seus desencontros e conflitos cotidianamente.
E os trainees? Não são eles um grupo arrojado, pronto para assumir funções gerenciais, dispostos a inovações, e que acaba incomodando os "velhos" de casa, já experientes e "calejados". Outro exemplo é o grupo de mulheres que exigem, no mínimo, o mesmo tratamento dispensado ao homem no que diz respeito às oportunidades de carreira, remuneração, acesso às informações, entre outras.

Como já dito, estes são interesses e expectativas legítimas que fazem parte do jogo interno da empresa, não se traduzindo, necessariamente, em intenções espúrias e em desacordo com os objetivos e a missão vigentes. Olhada e compreendida neste prisma, a empresa transforma-se em uma micro sociedade, plural, com antagonismos internos, e divergências saudáveis.
Estes grupos e indivíduos querem ver, obviamente, seus interesses atendidos e, se possível, garantidos por longo tempo, em função deste ou daquele cenário de mudanças que a empresa enfrenta. Daí decorrerem enfrentamentos, demonstrações de força, jogos de poder, alianças e coalizões. Este é o verdadeiro dia-a-dia organizacional: tenso quase que permanentemente. Não é preciso ter vergonha de reconhecê-lo e/ou aceitá-lo.

Pode até parecer estranha a negociação neste contexto, mas não é. Hoje em dia, e depois das experiências que já passamos, a eficácia da mudança organizacional depende da habilidade e da competência dos agentes de mudança "mapearem", conhecerem, e negociarem com os grupos internos, cujos interesses efetivamente serão "incomodados" pela implantação das mudanças desejadas. Quer dizer, mudar empresas hoje, não significa livrar-se (às vezes, até violentamente) da realidade gerencial existente e iniciar uma nova fase organizacional. Ao contrário, as mudanças devem levar em consideração e atuar sobre as condições organizacionais existentes.

Luis Felipe Cortoni
Formado em psicologia,é sócio-diretor da LCZ Desenvolvimento de Pessoas e Organizações e professor da Fundação Vanzolini (USP)
FONTE: www.rh.com.br

terça-feira, outubro 02, 2007

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DEPOIS DE UMA VIAGEM MARAVILHOSA PELO ARIZONA, NEVADA E CALIFORNIA ESTOU DE VOLTA.
SEGUEM ALGUMAS FOTOS DA TURÍSTICA E COMENTADA LOMBARD STREET EM SAN FRANCISCO.